Vitória das Mulheres Policiais: STF Garante Direito à Aposentadoria com Regras Mais Justas

Foto de Lucas Santos (ACritica)

STF restabelece regras diferenciadas de aposentadoria para mulheres policiais, revertendo parte da Reforma da Previdência. Entenda o impacto dessa decisão histórica.

“Nós arriscamos nossas vidas todos os dias. O mínimo que merecemos é respeito.” – A luta invisível das mulheres na polícia

Depois de anos enfrentando duplas jornadas — entre patrulhas e famílias —, milhares de mulheres policiais brasileiras receberam uma boa notícia: o Supremo Tribunal Federal restabeleceu seus direitos previdenciários, suspensos pela Reforma da Previdência de 2019.



O que o STF decidiu?


Em decisão liminar, o ministro Flávio Dino determinou a suspensão da regra que igualava os critérios de aposentadoria entre homens e mulheres nas forças policiais.  A decisão devolve às mulheres policiais três anos de redução nos requisitos de idade e tempo de serviço.


✅ Como fica a nova regra?


  • Idade mínima: 52 anos (antes: 55)


  • Tempo de contribuição: 27 anos (antes: 30)


  • Tempo no cargo policial: 22 anos (antes: 25)



Por que essa decisão é tão importante?


A Reforma de 2019 impôs as mesmas regras para homens e mulheres da segurança pública, ignorando a sobrecarga social e os riscos específicos enfrentados pelas policiais.  A nova decisão reconhece que igualdade não é tratar todos iguais, mas garantir justiça em contextos diferentes.


“É uma reparação. Não somos apenas números. Somos mães, filhas, servidoras e combatentes.” – Delegada Fernanda A., SP



O que motivou o STF a agir?


A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) entrou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7727), argumentando que a equiparação violava princípios constitucionais. O STF acolheu o pedido, considerando que a Constituição de 1988 garante proteção especial às mulheres no mercado de trabalho público e privado.



Essa decisão vale para quem?


A liminar do STF beneficia diretamente as policiais civis e federais.  Outras categorias podem reivindicar o mesmo tratamento por analogia, mas precisarão de ações judiciais específicas até que o Congresso se manifeste.



E agora? O que acontece a seguir?


📌 O Congresso Nacional deve editar uma nova norma para substituir a parte da Reforma considerada inconstitucional. 📌 Enquanto isso, a decisão do STF tem efeito imediato, garantindo a redução de três anos para aposentadoria de mulheres nas polícias civil e federal.



Como essa decisão impacta o cenário previdenciário?


Essa reviravolta jurídica representa mais do que um ajuste técnico. É um avanço em direção à equidade de gênero no serviço público,  especialmente em setores historicamente dominados por homens, como o da segurança.


E mais: abre precedentes para outras categorias femininas exigirem tratamento justo em suas aposentadorias.



Conclusão: um passo importante na jornada por respeito e justiça


A decisão do STF é mais do que jurídica. É um símbolo de reconhecimento ao valor das mulheres na segurança pública. Um avanço que, embora provisório, já muda realidades. Porque justiça, para ser plena, precisa também ser sensível.


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Creditos: ACritica

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